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Foto do escritorTurismo Cult

Costa atlântica: o mar selvagem

Atualizado: 22 de set. de 2019


Este é um percurso para um dia inteiro. São quase duzentos quilómetros. Mas vale a pena conhecer a costa atlântica do centro de Portugal.


Figueira da Foz

Sugerimos que comece em Ovar e tome a estrada N 327 rumo à pitoresca povoação de São Jacinto, ladeando a ria de Aveiro. No caminho, pare na Torreira, famosa pela sua praia de ria, muito concorrida durante o verão. Depois, pare na reserva natural das Dunas de São Jacinto. Aqui poderá fazer uma vigorosa caminhada de cerca de três horas, atravessando uma zona de mata dunar e de duna até ao Atlântico selvagem. A extensa praia (à qual o acesso é interdito), banhada pelo mar bravio, é espetacular. A meio do percurso, poderá observar aves aquáticas no observatório junto ao maior dos lagos da reserva. Terá de ficar em silêncio absoluto. As aves facilmente escutam ruídos estranhos e afastam-se rapidamente.




Percorra. seguidamente, o resto da estrada até São Jacinto. Na povoação, aproveite para tomar alguma coisa numa das esplanadas que dão para a ria. Em São Jacinto poderá pegar o ferry boat, que o deixará no porto de Aveiro.

Daí, se quiser pode parar um pouco em Aveiro, a Veneza portuguesa, mas o objetivo é continuar pela orla marítima, seguindo até à Costa Nova, assim chamada por oposição à "costa velha" de São Jacinto, quando a barra da ria de Aveiro foi aberta, em 1808. Não se vai arrepender se deixar Aveiro para outro momento.

Na Costa Nova, vá até ao farol, pela praia, e volte. Além do mar deslumbrantemente selvagem e do extenso areal, será surpreendido pelos famosos palheiros, casas pintadas com riscas coloridas. Antigamente, para embelezarem os seus pequenos armazéns, os pescadores da zona pintavam-nos às riscas, em tons de vermelho ocre e preto. Com o passar do tempo, a Costa Nova tornou-se uma importante zona balnear e as pessoas começaram a construir casas de veraneio e a pintá-las com riscas de cores mais vivas.


Costa Nova

Aproveite para comer peixe ou frutos do mar (que os portugueses chamam de marisco) pescados recentemente, no mercado do peixe ou num dos numerosos restaurantes da zona. Não deixe de provar a famosa tripa, uma espécie de waffle, que surgiu na Costa Nova no início do século XX.


Doce típico português

Rume, depois, sempre pela orla costeira, até à Figueira da Foz, parando nas interessantes povoações balneares e piscatórias da Vagueira, Praia de Mira, Praia da Tocha e Quiaios. Admire a bela igreja da Praia de Mira.


Igreja da Praia de Mira

A Figueira da Foz é assim chamada porque fica na foz do mais importante rio nascido em Portugal, o Mondego, que também banha Coimbra. É uma das cidades balneares portuguesas mais antigas e famosas. Antigamente, acolhia as elites de Coimbra e de toda a região centro de Portugal (Beiras). Deslumbre-se com o areal. Se quiser, vá jogar um pouco ao Casino.



Observe o forte de Santa Catarina, que guardava a entrada no rio Mondego e o acesso fluvial a Coimbra. Pare um pouco no mercado, em frente à célebre marina. Aproveite para retemperar as forças numa das numerosas esplanadas.


Sugestão de percurso

Se no fim do dia ainda tiver energia, pode continuar o passeio fazendo mais uma ou duas paragens: Montemor-o-Velho, vila que possui um importante castelo medieval, e Coimbra, onde poderá jantar (sugerimos o celebérrimo e pitoresco restaurante típico Zé Manel dos Ossos, num beco que nasce da rua da Sota – mas tem de chegar muito cedo, nunca depois das 19 horas, e prepare-se para esperar numa fila, pois o restaurante não aceita reservas e é a “tasca” mais procurada da Cidade dos Estudantes).

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